A eliminação local de uma espécie de mosquito pode ter efeitos nocivos não intencionais na ecologia local?
Existem mais de 3000 espécies de mosquitos que habitam em regiões que vão desde o Ártico até às regiões mais meridionais do mundo, para além da Antártida. Destas, cerca de 800 espécies podem ser encontradas em África. Portanto, não há uma resposta única a essa questão. A gestão de vetores sempre foi um dos pilares dos esforços de combate à malária e outras doenças transmitidas por mosquitos. No caso das tecnologias de impulso genético aplicadas ao mosquito transmissor da malária humana, o Anopheles gambiae, existem várias considerações importantes. Estes mosquitos existem apenas no continente africano. O complexo Anopheles gambiae é constituído por oito espécies irmãs, entre as quais o Anopheles gambiae s.s.. Contudo, estas representam apenas uma pequena percentagem de toda a população africana de mosquitos. Pesquisas ecológica sobre o comportamento dos mosquitos, bem como a experiência adquirida através das tentativas de reduzir e eliminar as espécies do meio-ambiente, permitem afirmar que o Anopheles gambiae não é uma espécie-chave. Uma espécie-chave é definida pelos ecologistas como uma espécie da qual um ecossistema depende de forma significativa, e cuja remoção pode levar a uma mudança drástica nesse ecossistema.
Para mais informação:
https://www.britannica.com/animal/mosquito-insect
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6378608/
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