Como pode ser abordado o movimento transfronteiriço de mosquitos modificados por impulsos genéticos?
Uma vez que os mosquitos são móveis e que o impulso genético tem como objetivo propagar-se através do cruzamento de espécies-alvo, questões transfronteiriças tornam-se relevantes e têm
suscitado preocupações quanto a governação internacional. Existem muitos acordos multinacionais que regulam movimentos transfronteiriços de forma geral. Estes acordos estabelecem que os países para onde o organismo modificado pode então se deslocar devem ser informados antes de sua liberação no meio-ambiente, devendo haver um processo de consulta bilateral ou multilateral.
No caso dos mosquitos Anopheles gambiae modificados por impulsos genéticos para prevenir a transmissão da malária, a espécie-alvo restringe-se ao continente africano. A Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA-NEPAD) está a desenvolver mecanismos para promover a harmonização regional dos requisitos regulamentares para os métodos de controlo de vetores em África, incluindo para mosquitos modificados por impulso genético.