Existem desafios específicos à avaliação de risco dos insetos modificados por impulsos genéticos?

Categories: Portuguese, Risk Analysis

Geralmente, a avaliação de riscos utiliza uma série de fontes de dados e informações, atribuindo-lhes pesos distintos. Os dados gerados utilizando o organismo particular (espécie), a modificação (caraterística modificada) e o ambiente recetor terão o maior peso. Até agora, nenhum organismo modificado por impulsos genéticos foi introduzido no meio-ambiente. Os dados experimentais obtidos a partir de testes contidos em gaiolas pequenas e grandes serão os mais informativos, bem como o conhecimento da biologia e do comportamento na natureza do inseto hospedeiro, dos impulsos genéticos relacionados que ocorrem naturalmente e do ambiente em que os insetos modificados serão utilizados. Várias ferramentas de previsão, incluindo modelos matemáticos, podem fornecer informações sobre determinados aspetos do comportamento dos insetos modificados por impulsos genéticos após a sua liberação ao meio-ambiente, por exemplo, a forma como o tempo, a sazonalidade ou a utilização de outras medidas de controlo podem afetar a sua propagação na população local do organismo-alvo. No entanto, na ausência inicial de dados sobre o desempenho de impulsos genéticos sintéticos no meio-ambiente, a avaliação de riscos deverá contemplar uma série de incertezas. Algumas podem ser resolvidas através de métodos específicos de mitigação de riscos e de monitorização. Embora vários experts em avaliação de riscos tenham publicado pareceres segundo os quais os atuais modelos de avaliação de riscos são adequados para a avaliação de organismos modificados por impulsos genéticos, os mesmos também reconheceram que guias adicionais seriam úteis em alguns aspetos. Estudos para elaboração desses guias estão em curso em diversas organizações, incluindo a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar. Estes guias irão complementar as diretrizes de avaliação de riscos existentes e internacionalmente aceites.

Para mais informação:

http://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1462901119311098

https://efsa.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.2903/j.efsa.2020.6297

https://bch.cbd.int/protocol/risk_assessment/cp-ra-ahteg-2020-01-04-en-2.pdf

https://www.nature.com/articles/s41467-023-37483-z

https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/vbz.2019.2606?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori%3Arid%3A crossref.org&rfr_dat=cr_pub++0pubmed

https://malariajournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12936-022-04183-w

https://efsa.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.2903/j.efsa.2017.4971

Did you find this FAQ helpful?
Thumbs Up Icon 0
Thumbs Down Icon 0

Leave a Reply