O impulso genético pode ser utilizado para o desenvolvimento de vacinas?

Categories: Portuguese, Public Health Applications

Embora existam razões éticas e técnicas importantes contra a utilização de impulsos genéticos em seres humanos, alguns cientistas têm vindo a especular sobre a utilização de impulsos genéticos para evitar que uma população de animais seja infetada com agentes patogénicos que possam causar doenças e/ou, subsequentemente, ser transmitidos às pessoas. Os animais podem servir de “reservatório” para algumas doenças, o que significa que o agente patogénico responsável pela doença pode viver, crescer e multiplicar-se no animal. Dependendo do tipo de agente patogénico, existe a possibilidade de os seres humanos contraírem a doença diretamente do reservatório animal (por exemplo, através de uma mordedura, ingestão de carne infetada ou interação com excrementos de animais contendo agentes patogénicos no ambiente), ou indiretamente, através da intervenção de um vetor, como um mosquito ou uma pulga, que transporta o agente patogénico do animal para o ser humano. O impulso genético tem sido proposto como uma possível forma de disseminar uma caraterística de resistência através da população-alvo de animais, à semelhança da imunização ou “vacinação” dos animais contra o agente patogénico. Isto poderia proteger o animal e, em última análise, reduzir o risco de exposição humana ao agente patogénico. Exemplos de utilizações propostas incluem tornar os morcegos resistentes aos coronavírus ou os ratos resistentes à doença de Lyme. No entanto, este conceito ainda se encontra numa fase muito preliminar de desenvolvimento.

Para mais informações:

http://www.statnews.com/2021/07/01/could-editing-genomes-of-bats-prevent-future-coronavirus-pa

http://www.media.mit.edu/projects/preventing-tick-borne-disease-by-permanently-immunizing-mice/

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